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Quero te alertar sobre as oportunidades que o mercado financeiro têm proporcionado aos investidores nesse momento de crise da economia brasileira. Estamos vivendo sem dúvida o melhor momento para investimentos em renda fixa dos últimos 10 anos, talvez 20. E não acho difícil que agora também seja o melhor momento dos próximos 10 ou 20 anos.

Quero chamar a sua atenção para as emissões de crédito privado com isenção fiscal, através de debêntures incentivadas, CRIs e CRAs.

Antes de descrever esses produtos de título de credito privado propriamente, quero explicar um pouco porquê essas emissões tem sido tão frequentes e porquê essas oportunidades são tão boas.

Entenda que a crise econômica vivida pela economia brasileira torna os ativos de maior risco, como as ações negociadas em bolsa de valores, menos atrativos sob o ponto de vista risco/retorno. Assim, as grandes empresas, que normalmente estão acostumadas a emitir ações para financiar seus projetos, ficam sem acesso a essa fonte de captação, pois os investidores (como você) não estão dispostos a correr esse risco.

Os bancos também seguram o crédito para não ficarem muito expostos ou com risco concentrado em determinados setores da economia.

Assim, como alternativa para financiarem os seus projetos, muitas grandes empresas recorrem a emissões de crédito (títulos de crédito privado) através de ativos financeiros alternativos, os mais comuns são as debêntures, os CRIs e os CRAs.

Além disso, não só as empresas, mas também o governo tem interesse nos projetos dessas grandes empresas. Na maioria dos casos o governo precisa desses projetos, mas não tem competência nem dinheiro para realizá-los. São projetos específicos, classificados como de infraestrutura, na grande maioria dos casos atrelados aos seguintes segmentos: geração e transmissão de energia; construção ou melhorias em portos, aeroportos, rodovias e ferrovias; educação; logística; saneamento básico.

Dessa forma, associando o útil ao agradável e afim de incentivar essas grandes empresas a continuarem investindo em infraestrutura, o governo isenta esses projetos de qualquer tributação. Isso ajuda não só as empresas, mas também os investidores (como você), que ao investir em títulos emitidos por essas empresas para financiar esses tipos de projetos, obterá muito mais retorno, simplesmente devido a isenção fiscal, mas não necessariamente correndo mais risco.

Pelo contrário, muitas dessas emissões de títulos de crédito privado são feitas sob concessão de garantias muito sólidas e na maioria das vezes muito maior que o próprio projeto.

Resumindo, através dessas emissões de títulos de crédito privado com isenção fiscal as empresas ganham uma vez que conseguem financiar seus projetos a um custo acessível, o governo ganha já que alguém está investindo em projetos que o país carece e que ele próprio não consegue fazer, e finalmente os investidores ganham, pois obtêm muito mais retorno sem precisar correr mais risco. Por isso, nas grandes crises surgem ótimas oportunidades.

Partindo para os ativos de crédito privado, não pretendo explicá-los um a um nesse artigo, mas te dar uma visão geral sobre eles. Então, vou fazer alguns comentários das características em comum sobre as debêntures incentivadas, os CRIs e os CRAs.

A primeira coisa que você precisa entender é que, diferentemente que os ativos de emissão bancária (como CDBs, LCs, LCIs e LCAs) que contam com a garantia do FGC (Fundo Garantidor de Crédito), as emissões de títulos de crédito privado não contam com essa garantia, mas com garantias próprias, particulares de cada emissão. Sei que analisar essas garantias não é tão simples, mas esse é o meu papel. Então não se preocupe. A grande questão aqui é que existem excelentes ativos, com risco muito baixo, e rentabilidade muito maior do que a oferecida pelas emissões bancárias.

Outra vantagem dessas emissões incentivadas é que as opções de vencimento, liquidez, tipo de remuneração (CDI, IPCA, etc) e diversificação é bastante ampla. Assim, tem ativos que te proporcionam pagamento de juros mensais, outros semestrais, outros anuais etc. Além disso, o ticket mínimo para investir nesses ativos costuma ser de mil ou dez mil reais, o que permite acesso a maior parte dos investidores.

Por último, por maior que seja o risco de uma emissão de crédito privado, ainda sim esse risco é menor que o risco de comprar ações dessa empresa. Muitos investidores não gostam da oscilação dos preços das ações, mas entendem que por mais que as ações de uma grande empresa estejam desvalorizadas, dificilmente essa empresa irá quebrar. O crédito privado é uma forma de investir nessas empresas sem correr o risco de oscilação de suas ações. Por exemplo, um investidor que compre as debêntures da Vale, não correrá risco de oscilação do preço do minério de ferro, nem do preço de suas ações na bolsa. E mesmo que a Vale quebre, ele será ressarcido antes que qualquer acionista.

Finalmente, quero ressaltar que devido as regras dos órgãos reguladores do mercado financeiro, como a CVM (Comissão de Valores Mobiliários), não é permitido fazer comentários ou marketing sobre qualquer nova emissão. Tudo que nos é permitido é informar você investidor que a emissão irá ocorrer. E só podemos enviar o material publicitário que a própria CVM autoriza. Normalmente é um material longo e de difícil leitura. Assim, pode contar comigo para interpretá-lo e resumi-lo.

Por isso, ao receber uma divulgação sobre uma emissão qualquer, não darei informações sobre a mesma e nem darei minha opinião (porque não posso). Mas se você entrar em contato, então poderemos conversar sobre os detalhes, garantias, remuneração, vencimento etc sobre a emissão. Por isso, não hesite em me contatar e solicitar os detalhes sobre a mesma caso tenha interesse.

Fico por aqui, um grande abraço e até a próxima!

Danilo Guedine